Antes de começar este journal, quero dizer-vos que esta viagem foi muito mais life do que style. Foi uma viagem que absorveu todo o meu tempo e me fez sentir culpada por todo os segundos que perdi de máquina e telemóvel na mão, a tentar registar o que só pode ser vivido.
Espero ser uma ajuda para quem vai ao Japão, trazer uma nostalgia boa a quem já lá esteve, inspirar e deixar a suspirar quem ainda nunca esteve em terras nipónicas.
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Depois de um voo de 13h de Madrid a Narita, ainda ficámos no aeroporto por mais uma ou duas horas para comprar o JR Pass. O JR Pass é um passe que abrange todos os comboios da JR. Se tivéssemos comprado antes teria ficado ligeiramente mais barato, mas tem que ser comprado com alguma antecedência porque eles mandam um voucher para casa, para ser trocado lá pelo passe. Comprámos para 7 dias, para cobrir a viagem de comboio até Kyoto no Shinkansen (bullet train) que é caríssima. Comprado no site custa €246 e comprado lá custa €283, sensivelmente.
Estávamos a contar que o passe desse para todos os transportes públicos, mas não. Nem para todas as linhas de metro deu (apenas as JR). Então tivemos de comprar um cartão recarregável chamado Suica. A parte boa deste cartão é que dava para usar nas vending machines, que são uma praga em Tokyo.
O Narita Express é o comboio que liga Narita a Tokyo. A viagem fica à volta de €30, se a memória não me falha.
Ainda no aeroporto, fomos levantar um mini router, que alugámos para ter sempre acesso à internet. Se quiserem saber como é que isso funciona e preços, deixem um comentário.
Uma informação importante para quem quer ir ao Japão na altura das cerejeiras em flor: tenham em conta que esta é a época alta e que os preços são mais elevados. Aconselho ainda a planearem a viagem com antecedência — coisa que nós não fizemos. Quando marcámos hotel, Tokyo e Kyoto tinham mais de 85% dos hotéis reservados.
Chegámos ao hotel, com a esperança de que o quarto já estivesse pronto, para tomarmos um banho e quem sabe, fazermos uma mini sesta. Mas não. Deixámos as malas e fomos tentar almoçar.
O nosso hotel era o Royal Park Hotel The Shiodome e ficava a 5 minutos a pé de Ginza e do mercado de peixe Tsukiji. Então fomos até Ginza e almoçámos no The Monocle Café. Foi um filme encontrá-lo, porque o GoogleMaps pira nesta cidade.
Foi um almoço que nos soube à vida. O Fred comeu um hambúrguer e eu comi uma salada mexicana. MARAVILHOSA.
Demos uma volta pela zona, espreitámos a Loft, uma loja de tudo e de nada e voltámos para o hotel. Adormecemos às 18h30 e acordámos à 1h da manhã. Hello there, jetlag!
Combinámos que aproveitaríamos o facto de estarmos todos desorientados com o jetlag para irmos ao mercado do peixe, onde convém ir de madrugada. Dormimos mais umas horas e às 5h da manhã saímos do hotel.
To be continued…