Primeira grande decisão: done!
O espaço é aquele ponto da lista que menos tempo tem para ser considerado. Dele depende tudo o resto. Para além das diversas limitações de tempo, meteorologia e localização, nem sempre é fácil encontrar um sítio que corresponda às expectativas. Para nós, era prioritário que fosse na zona de Coimbra, já que ambas as famílias são de cá. Logo aí, não me restaram muitas opções para considerar.
Estes foram os espaços que considerámos:
Palácio de São Marcos
Palácio do Bussaco
Paço da Ega
Palácio da Curia
Quinta das Lágrimas
Julgo que a convencional quinta esteve sempre fora de questão por não conhecermos nenhuma incrível.
Palácio de São Marcos
Este foi o primeiro espaço que visitámos e acertámos na mouche! Estava um dia de chuva, mas ainda assim, conseguimos sair de lá entusiasmados. Para além da história e do edifício propriamente dito, a luz e o jardim das traseiras agradaram-me muito. Há zonas do palácio que não me dizem tanto, como os quartos da Rainha e do Rei, mas também não vou precisar de os usar. O relvado das traseiras permite montar uma tenda ou simplesmente um estrado para a pista e criar várias zonas de lounge. As grandes vantagens são ter a igreja (que é nude, simples e muito bonita) mesmo ao lado e poder escolher o meus serviço de catering. It’s a winner.
Palácio do Bussaco (ou Buçaco)
É um espaço de sonho, mergulhado na natureza. Eu costumo dizer que é a nossa Quinta da Regaleira, se bem que não tem nada a ver. Na semana passada, fomos visitar este palácio, que é também um hotel. Para além dos espaços exteriores, que têm como fundo a fantástica fachada neomanuelina, a sala de jantar é mágica. Desde o tecto à grande janela, da varanda à luz que vem de fora. Só que o turn-off é que só dá para 80 pessoas. Acima disso, teríamos de usar a Sala Real, que é gira e oponente, mas a falta de luz não me convence. O maior inconveniente é mesmo ter de reservar em exclusivo o hotel para cima de 140 convidados — que é o meu caso. Imaginem uma fogueira enorme a queimar notas. É basicamente isso que teríamos de pagar. Fora de questão, especialmente quando não posso usar a minha sala favorita. Sei que as fotos ficariam incríveis aqui, mas já esqueci. Gostava de ter visto os quartos, por curiosidade, mas tenho sempre o booking.com.
Paço da Ega
Descobri este espaço há relativamente pouco tempo. É um edifício medieval — templário, para ser precisa. O espaço disponível para os eventos resume-se a um pátio rodeado pelas fachadas em pedra. Cria um efeito muito bonito, mas depois, em conversa com alguém, chegámos à conclusão que haveria várias limitações, como por exemplo o espaço à volta do Paço e as casas de banho. Acabámos por não ir visitar.
Palácio da Curia
O Palácio da Curia é um hotel em Art Déco que nos transporta facilmente para um filme do Wes Anderson. E isso cativou-me.
25 minutos depois da hora marcada, aparece-nos uma senhora que nem sequer pede desculpa pelo atraso e conduz-nos à sala de refeições com um olhar de quem está a perder tempo com uns miúdos. Fiquei a ferver. À parte disso, a sala de jantar é linda, mas depois a sala para a pista é um buraco claustrofóbico e a música só pode tocar até às 2h e sempre abaixo dos não sei quantos decibéis. Tirando o jardim da entrada, não há nenhum outro espaço verde para criar uma zona de lounge. Fora de questão.
Quinta das Lágrimas
Este até poderia ser o local ideal, no que toca à localização geográfica e à história de amor que conta. É mesmo no centro da cidade, imenso espaço verde e uma história de levar às lágrimas: Pedro e Inês — não preciso de dizer mais nada, right? :) Aqui, a festa teria de ser numa tenda fora do hotel. Ou numa permanente que eles lá têm, que está velha e com mau aspeto ou numa alugada que pode ser montada junto ao anfiteatro. No entanto isso gera alguns problemas no que toca ao acesso às casas de banho e à iluminação. Não estava a sentir casar na Quinta das Lágrimas, por isso tirei-a logo da equação.