Devo dizer-vos que nem todos os pormenores foram perfeitos. Primeiro, distribuir os convidados por mesas redondas já é difícil, mas por mesas corridas é pior ainda. Enganei-me na mesa do meio e quando reparei já tinha mandado imprimir o vinil que ia colar na placa de PVC — grande flop. Já não ia a tempo de corrigir, porque este foi aquele pormenor que só conseguimos ter fechado no último dia antes do casamento. Felizmente era a mesa dos nossos amigos e acabámos por resolver de forma divertida com uma mensagem: “Pensavam que ia ser assim tão fácil? Descubram o vosso lugar na mesa”. Ter os nomes nos lugares também facilitou e acabou por ser tranquilo. A decoração do quadro também não ficou como gostaria, admito. Queria que a Anastácia me tivesse feito uma moldura de verdura bonita e não foi bem isso que encontrei, mas tive de relativizar. :D
Na véspera, deixámos as mesas prontas para a Anastácia decorar. Tivemos de medir o espaço para cada convidado e a certa altura já estávamos tão baralhadas que tivemos de voltar ao início. Para a decoração, idealizei uma grinalda de eucalipto com flores brancas, que atravessariam o centro de cada mesa e pontos de luz com dourados. Atrás dos nossos lugares, teríamos uma parede de flores e verdura, que ficou linda! Os candelabros e os suportes de velas dourados acabei por comprar na Zara Home.
Talheres dourados era algo de que não queria prescindir, mas admito que foi uma decisão difícil porque ainda pesou no orçamento. E com os talheres, uns pratos marcadores com apontamentos dourados ficaram maravilhosos. Acabámos por alugar tudo à O Saltimbanco, em Vila Nova de Famalicão. E optei por ir buscar e levar o material para reduzir os custos de transporte.
Uma coisa que me passou completamente ao lado foi a música para entrar na sala de jantar e para cortar o bolo! Foi no momento que decidimos à pressão escolher a Baby, I’m Yours do Breakbot, uma faixa que ambos gostamos e ouvimos juntos n vezes. O nosso padrinho João, baterista dos Anaquim, agilizou a coisa e quase não se notou que não tinha sido pensado! :D
Não tínhamos nada planeado e foi tudo muito improvisado, mas natural. Entrámos a dançar e percorremos todos os nossos loved ones que já estavam sentados à nossa espera. Foi um momento divertido, mas o Fred ainda se debateu um bocadinho com a cauda do meu vestido e com os meus moves. :D
Este foi o nosso menu:
SOPA
Creme e tártaro de legumes perfumado com azeite de salsa
PRATO DE PEIXE
Folhado de camarão com legumes salteados, creme de cogumelos e emulsão de coentros
PRATO DE CARNE
Alcatra corada com molho de cerveja, gratinado de batata e esparregado de espinafres
A meio do jantar, a minha mãe comentou que tinha começado a chover e eu pedi para trazerem a decoração para dentro. Agora penso que devo ter tido uma visão do futuro, porque nos deu um jeitão que essas coisas não tivessem voado.
Como o bolo era a sobremesa do nosso jantar, fomos para o hall do Palácio — o plano B para o corte. O bolo foi servido com uma bola de gelado de maracujá, um favorito dos dois.
O nosso bolo era de camadas de chocolate com dois recheios, um de crocante de chocolate de leite e outro de crocante de chocolate branco com caramelo salgado. Mandámos fazer na Cake Lovers. Este foi o melhor bolo que comemos num casamento, coincidentemente, era o nosso! Ahahahah! Mas não fomos os únicos a dizê-lo. Muitas pessoas nos perguntaram onde o mandámos fazer. A decoração também não ficou bem como eu tinha idealizado, mas estava bonito! :)
Corri a internet à procura do cake stand ideal para este dia e encontrei este na MADE.
O bolo era incrível, mas toda a gente estava de olho nos brigadeiros da Brigadeirando (Obrigada, queridas Carolina, Tatiana e Quica). Voaram num piscar de olhos! Até o meu marido comeu um e não tirou nenhum para mim! Eu nem os vi! Para castigo, vou comprar um brigadeiro todos os anos no nosso aniversário de casamento e vou comê-lo lentamente à frente dele. :p
Tínhamos dois dos meus sabores favoritos: manteiga de amendoim e chocolate branco, com aqueles mini malteseres crocantes que dão a textura certa ao brigadeiro — estou a salivar, neste momento e, pistáchio para o marido.
Esta parte de cada um dar bolinho na boca do outro faz-me rir, mas lá o fizemos como manda a tradição.
O Fred não bebe e, talvez por isso, não estava a conseguir abrir a garrafa de champanhe. Já que passei o casamento todo de manga arregaçada (don’t ask -.-), peguei na garrafa e tratei do assunto.
Só skill.
Tal como comer o bolo da mão do meu marido, beber champanhe de braços traçados não era a minha cena, então encenámos toda uma nova posição e bebemos o nosso champanhe depois de brindarmos à nossa família e amigos.
E foi depois disto que o dia do nosso casamento passou a ser o mais épico e o mais inesquecível de sempre.
To be continued…
A G R A D E C I M E N T O S E S P E C I A I S
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