Podia dar-me para pior.
Ao olhar para os meus perfumes assombra-me um sentimento de culpa que tento justificar a todo o custo. A verdade é que com o dinheiro que gasto em perfumes podia comprar a tal carteira que tanto queria e que me parece sempre tão inalcançável. Mas não tenho emenda. É daquelas coisas a que não consigo resistir. Especialmente porque os perfumes nos transmitem emoções e nos transportam para certos lugares e momentos. Acho que sou adicta a essa parte.
Hoje apresento-vos algumas das mais recentes fragrâncias da minha coleção.
Kenzo
Jeu d’Amour
Usei o Flower by Kenzo durante toda a minha adolescência e para mim, a Kenzo resumia-se a esse perfume. Quando dei hipótese a este, foi amor à primeira aplicação. Sensual, quente e ao mesmo tempo divertido, tal como um verdadeiro Jeu d’Amour deve ser. Estou muito ansiosa com o novo perfume da Kenzo — World.
Loewe
001
Um perfume que sai da zona de conforto de muitas de nós e que, por isso, não é um perfume que agrade facilmente à maioria das mulheres. Penso que se aprende a gostar. Há algo enigmático nele que nos faz querer voltar.
Quando saiu, o packaging foi o primeiro a cativar-me. Assumi que dali só podia vir coisa boa. Quando finalmente o experimentei, fiquei baralhada. Acho que foi o primeiro perfume que não consegui decidir se gostava ou não na primeira aplicação.
Voltei à perfumaria mais duas ou três vezes e fui sempre encontrar-me com ele. Comecei a gostar de o sentir à minha volta e acima de tudo, gostava do que ele me fazia sentir. Eu sei que isto é um bocado estranho para quem usar perfume com o único propósito de cheirar bem, mas um perfume é muito mais do que o seu aroma.
Courrèges
La Fille de l’Air
Conheci este perfume ao cumprimentar uma amiga. O aroma fez-me querer ficar naquele abraço mais tempo do que é suposto, ao ponto de se tornar creepy. Perguntei imediatamente que perfume era aquele. E não demorei muito tempo até o trazer para casa. A flor de laranjeira assume o protagonismo — o que explica tudo. O Prada Fleur d’Oranger apaixonou-me na hora. Desafio-vos a experimentarem estes dois perfumes, para perceberem o que quero dizer.
Acqua di Parma
Colonia
E porque uma coleção é feita de clássicos, não podia faltar a mais icónica fragrância da Acqua di Parma. O que me fascina neste perfume, não é só o seu aroma, mas a sua história (podem ler mais aqui). Criado em 1916, era uma colónia de homem. Uma fragrância cítrica que ganhou popularidade entre as mulheres e passou a ser unissexo. Entre os grandes fãs do Colonia está Audrey Hepburn.
Alguma apaixonada por perfumaria deste lado? Já experimentaram algum destes?