Este deve ter sido o nosso dia mais produtivo. Depois do Park Ueno, fomos a pé até à estátua de Hachikō e Hidesaburō Ueno. Conhecem a história? Se quiserem chorar um bocadinho, podem sempre ver o filme Hachi. Basicamente é a história de um cão da raça Akita, que depois da morte do dono, continuou a ir esperá-lo à estação durante mais de 9 anos. Só de escrever até me arrepio. E como esta história sempre mexeu comigo, não podia deixar de passar por aqui.
A estátua fica na universidade. E foi aqui que percebi que conseguia viver nesta cidade. Duas ruas depois do Park Ueno, numa zona cheio de turistas, trânsito e barulho, entramos numa zona calma cheia de pequenas e caricatas vivendas e onde conseguimos ouvir o chilrear dos pássaros. Este contraste entre a frenética capital e a cidade pacata mostra que é possível ter um pouco dos dois mundos, sem que nos sintamos claustrofóbicos.
Daí fomos até Sensō-ji, outro templo budista em Asakusa, a zona antiga de Tóquio. À entrada do tempo há um mercado (Nakamise-Dōri ) muito giro com lojinhas onde podemos encontrar de tudo — desde comida, hashi (os pauzinhos japoneses), kanzashi (acessórios para o cabelo), amuletos e todos os souvenirs possíveis e imaginários.
Aqui foi onde vimos mais gente de quimono por metro quadrado. Logo à entrada havia uma barraquinha com imensas gavetas numeradas onde as pessoas deixavam dinheiro para depois tirarem um número ao acaso que correspondia a uma gaveta que tinha mensagem. Eu não sei o que diziam os papéis, mas as miúdas estavam excitadíssimas!
Lembram-se do ritual de purificação de que já vos falei? Aqui também havia.
O templo principal era enorme!
Dois grandes símbolos do Japão na mesma foto — koy (carpas japonesas) e sakura (cerejeiras em flor) num cenário bonito.
Já um bocado cansados, decidimos fazer o esforço e ir a pé até Tokyo Skytree. Era um saltinho até lá! Esta ‘árvore do céu’ é o edifício mais alto do Japão com 634m e abriu ao público em 2012. Quando lá chegámos, havia duas opções: subir até aos 350m onde uma pequena parte da plataforma era de vidro ou 450m. Pela diferença de valores, achámos que 350m era o suficiente! :D E foi! Completamente desaconselhado a pessoas com vertigens! Mas se vos sossega, nunca senti medo lá em cima.
Estava uma fila enorme e havia dois elevadores que levavam imensa gente de cada vez para cima. Em 44 segundos, subimos 350m e sentimos os nossos ouvidos a estalar várias vezes. :) Lá em cima, a cidade era de perder de vista, literalmente. É incrível. É normal que 6 dias não cheguem, né? :)
Na base da Skytree há um shopping que gostei imenso, especialmente da zona da restauração. A parte dos doces ganhou o meu coração. Tudo super bonito e apetecível! Não resisti e trouxe um menu de degustação de cheesecakes de uma loja chamada Cheese Garden. Acabámos por levar comida para o hotel, porque já era tarde e não íamos conseguir jantar em qualquer lado.