Posso dizer que o nosso 3.º dia foi bastante mais calmo e descontraído. Fomos finalmente a Shibuya, esta que deve ser a zona de Tóquio que mais aparece nos filmes. Passámos pela estátua do Hachiko, onde imensos turistas quiseram tirar foto e fomos tomar o pequeno-almoço ao Starbucks. Subimos ao 1.º andar para ficarmos a olhar para Shibuya Crossing, onde centenas de pessoas atravessavam as várias passadeiras. Depois disso, fomos conhecer a zona a pé.
Neste dia acordei com dor de dentes. A primeira de sempre e entrou a pés juntos. Estava mesmo muito aflita e a minha prioridade era encontrar uma farmácia. No Japão, as farmácias vendem tudo e mais alguma coisa, parecem pequenas feiras. Lá fui a fazer figas para a senhora saber inglês. Well, não era grande peça, mas lá percebeu ‘pain‘ e lá apontei para os meus dentes. Trouxe um analgésico, mas depois a minha amiga Sara disse-me para tentar comprar um anti-inflamatório. Bendito Google. Safou-me de boa! Foi só mostrar a imagem!
Continuámos o nosso dia a explorar Shibuya. Shibuya tem imensas casa de jogos (apensar de Shinjuku ser o real deal). Entrámos numa arcade/pachinko chamada VR Park Tokyo e andámos a descobrir todos os andares. Logo à entrada havia aquelas máquinas para tentar tirar bonecada. Mas aqui, a maior parte da bonecada é kawaii! Tudo mega querido! Percebi que os miúdos vão ali depois da escola e tentam tirar um peluche para impressionar as miúdas. Ahahaha!
Não nos deixaram tirar fotos, mas até ser avisada, ainda consegui umas chapas para vos mostrar! ;)
No andar de cima havia imensas purikura, que é tipo um photobooth que permite aumentar o tamanho dos olhos e editar outros aspetos para ficarmos supacute! :D O problema daquilo é que cada ação tem tempo contado, então é mega stressante, porque queremos aproveitar todas as funcionalidades e não temos tempo suficiente para entender tudo! Mas achei um piadão a isto. Eu e a quantidade absurda de japonesas eufóricas que estavam enfiadas em quase todas as purikura.
À medida que íamos subindo, havia outro tipo de diversões. Lembro-me de plataformas de Dance Dance Revolution e de um jogo de tambores chamado Taiko, que me pareceu maravilhoso para derreter calorias e queimar o tão odiado músculo do adeus. Ali havia imensas desculpas para perder tempo e dinheiro. Foi no último andar, sob uma nuvem de fumo que me deparei com o lado sombrio das pachinko. Adultos, quase todos com mau aspeto, a apostar em corridas de cavalos virtuais e em outros jogos de sorte.
As pachinko acabam por ser uma espada de dois gumes: um local de diversão e de vício. Já para não falar da confusão que me fez ter adolescentes a divertirem-se e adultos viciados no jogo no mesmo espaço.
Ainda pedi ao Fred para irmos num instante a uma loja, antes de almoçar. Acabámos por demorar umas duas horas. A Tokyu Hands é uma daquelas lojas para nos perdermos. É tipo uma department store, mas só de bugigangas! Ahahaha! Ainda trouxe algumas coisitas de lá, como uns gatinhos post-it para marcar páginas, não sei quantos Sonny Angels e uns bonequinhos para espetar na comida na bento box. Isto porque fui muito contida!
Como demorámos imenso tempo na loja, encontrar um sítio para comer foi um filme.