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O Talho

August 16, 2017

O dia do meu aniversário chegou depressa e eu que costumo fazer planos com relativa antecedência, não tinha nada de especial preparado para este dia. Deve ser um sinal da velhice! Saímos já tarde do Oceanário e consultei a lista de restaurantes para experimentar nas notas do iPhone e saiu O Talho na rifa. Lá fomos nós cheios de expectativas e a torcer para que não fosse tarde demais.

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Não era. Entrámos e aguardámos na zona do talho (sim, aquilo tem mesmo um talho — mas um talho fancy) até que o chefe de sala nos veio chamar. Ainda havia algumas mesas cheias, uff.  Sentámo-nos numa mesa mesmo em frente ao balcão, junto da vaca pintada na parede. Fomos super bem recebidos e sinceramente, adorei o empregado que nos atendeu. Super simpático e boa onda.

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Trouxe-nos logo o couvert: uma caixa de madeira com três tipos de pão (entre os quais focaccia, que eu adoro), manteiga, ricotta e hummus, cada um com os seus segredos. Para entradas pedimos os Mini Burgers de Codorniz e os Croquetes de Cozido à Portuguesa.

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Na escolha do prato principal, pedi ao empregado para nos sugerir as melhores opções. A brincar, disse-lhe que era a nossa primeira vez ali e por isso,  tinha de correr mesmo bem para querermos voltar. Ele riu-se e sugeriu o Tártaro d’O Talho, o Beijinho Coreano  e a Picanha do Uruguai. O Fred aceitou o a sugestão e pediu o tártaro e eu estava inclinada para a picanha, mas quando li a descrição, pareceu-me muito parecida uma que comi num evento da Nespresso, também da autoria do Chef Kiko. Como já tinha dado uma olhada no Zomato, acabei por pedir o Burger d’O Talho.

As entradas eram estupendas! Eu costumo dizer ao Fred que fazia uma refeição só de entradas e era feliz! :D Eram mesmo mesmo incríveis. O Fred, que nem gosta de Cozido à Portuguesa, disse que foram os melhores croquetes que ele já comeu. Os hamburgueres de codorniz idem. O pão era qualquer coisa e o conjunto era perfeito. Lá está, eu ficava bem só com entradas.

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Depois vieram os pratos principais. O tártaro foi preparado à nossa frente e eu fiquei tão entusiasmada que até me esqueci de tirar foto. A carne crua foi misturada com a gema de ovo, com uma mousse de rábano e com um shot de vodka. Depois, com duas colheres usou a técnica de fazer bolinhos de bacalhau para dar forma à carne e envolveu-a com uma folha de alga nori. Eu provei e era mesmo muito bom. Percebo agora a dica do Zomato.

O meu hamburger também não era nada mau. Vinha acompanhado com um molho de mostarda e caril, um ovo cozinhado a baixa temperatura numa cama de panko (pão ralado japonês), batatas fritas e salada. O hamburguer e o molho tinham sabores bastante fortes. A salada estava muito bem temperada e o único turn-off foram mesmo as batatas fritas.

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Tivemos de dividir a sobremesa, porque já não havia espaço para muito mais. Pedimos o Mil Folhas de Dulce de Leche, porque no tal evento da Nespresso comi uma sobremesa muito parecida (também do Chef Kiko) e torci para que fosse a mesma. Era muito semelhante, mas pensei que o sorbet seria de fruta fresca, o que na minha opinião ajudava a cortar o doce do mil folhas, no entanto era de maçã cozida. Nenhum de nós é apreciador, por isso estivemos ali a debater-nos. :D

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Overall, a refeição foi bastante boa, o espaço é agradável, o staff é simpático e foi uma boa experiência, que promete um regresso. É efetivamente um bom sítio para comer pratos de carne.