Japan Travel

ハネムーン — The Honeymoon (1)

January 14, 2019

Day 1 — Osaka
11 de novembro de 2018

Podemos dizer que o primeiro dia no Japão não conta. Depois de 24 horas sem dormir e mais de 11 horas dentro de aviões a ver filmes, a ler no kindle, a tentar arranjar uma posição e a sonhar com comida, não se pode exigir muito.

Aterrámos, passámos no controlo de fronteiras e fomos buscar o nosso mini-router e  levantar o nosso JR Pass. Chegámos a Osaka ao início da tarde. Ficámos no Osaka Marriott Miyako Hotel, no Abeno Harukas, o edifício mais alto do Japão. O hotel ocupa os andares superiores e em baixo fica uma department store — que oportuno! :D Ainda demos uma volta por lá, mas achámos sensato ir descansar para o quarto.

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Day 2 — Osaka
12 de novembro de 2018

O nosso dia começou cedo, mas também acabou cedo. Às 18h já estávamos em modo zombie e não tardou até estarmos novamente esticados na cama de hotel.

No ano passado, não me lembro de ter visto carruagens exclusivamente para mulheres, mas parece que no Japão o assédio é uma realidade e esta medida serve para evitar situações desagradáveis. Há algumas carruagem que só são exclusivas para mulher durante as horas de ponta. Durante as duas viagens ao Japão, nunca testemunhei nada que o fizesse prever.

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Fomos tomar o pequeno-almoço ao Saint Marc Café, uma cadeia de coffee shops com os seus populares croissants com chocolate — Choco Cro. Depois seguimos para o Ōsakajō (castelo de Osaka). O parque que o rodeia é bonito e o edifício em si também. A grande desilusão foi mesmo o interior. Era basicamente uma exposição com 8 andares, one way only, muito quente e com escadas de 50cm de largura, à pinha. O que nos valeu foi a vista sobre a cidade. Pelo que li, houve vários incêndios que obrigaram a reconstruções, mas admito que estava à espera que tivessem conservado a essência daquele lugar e, consequentemente, que o interior tivesse uma arquitectura mais tradicional.

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Quando voltámos do castelo, eu estava cheia de fome e passámos na Kobeya, uma pastelaria estilo francês com um twist japonês. Trouxemos um pão cozido a vapor MA-RA-VI-LHO-SO e um folhado de chocolate divinal só para matar o bicho até ao almoço.

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Fomos almoçar ao Okonomiyaki Kiji, um dos spots mais conhecidos pelo seu famoso okonomiyaki — prato típico de Osaka. Já tínhamos experimentado em Tóquio, em 2017, mas aqui foi muito melhor! Encontrar o sítio é que não foi pêra doce. O GPS ficava todo trocado, por estarmos debaixo de uma edifício, mas lá fomos espreitando e conseguimos.

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O espaço era pequeno e havia pessoas à espera — which is always a good sign. Deram-nos um menu em japonês e falaram connosco sem interrupções, como se o japonês fosse a nossa segunda língua. Pensámos “já fomos” e começámos a rir. O senhor foi à vida dele e depois voltou. Lá lhe tentámos explicar que não falávamos japonês. Ele fez-se difícil durante um bocado e depois apontou para cada coluna do menu e disse “beef, pork, chicken, octopus…” e para nós bastou! Pedimos um de vaca e outro de frango para dividir. Mas depois ficámos de olho no de yakisoba (Hiroshima style), que estavam a preparar ao nosso lado.

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Vagaram dois lugares ao balcão — onde gostamos de ficar, porque a experiência é muito mais completa. O único inconveniente num restaurante de okonomiyaki é que a placa está mesmo à nossa frente e fica um calor absurdo. Quando saí de lá, parecia que me tinha banhado em tinto. Imaginem a minha rosácea, feliz da vida.

Trouxeram-nos logo um copo de água fresca, que iam enchendo sempre que ficava a meio. Todos entusiasmados, vimos os nossos okonomiyaki a serem confeccionados, mesmo nas nossas barbas. Acompanhávamos cada passo, tentando adivinhar todos os ingredientes, ansiosos para provar a iguaria. E valeu todo o tempo de espera e as bochechas assadas.

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Depois de almoço, fomos dar uma volta. Entrámos numa HMV (loja de música) e digo-vos que foi, talvez, das piores experiências da viagem! Ahahaha! Em cada metro éramos bombardeados de todos os lados por músicas de boys/girls bands japonesas. What a nightmare! Senti a minha sanidade mental ameaçada nos dois minutos que permaneci lá dentro.

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Voltámos ao hotel, descansámos um pouco e depois decidimos ir espreitar o Festival of Lights, com o record das ruas com mais árvores iluminadas e um espetáculo de videomapping na fachada da Nakanoshima Library chamadoWall Tapestry Lighting Show. Fartámo-nos de andar e… nada. Ainda ponderámos estar no sítio errado à hora errada, mas não. Não havia nada montado e as ruas estavam quase desertas.

Lá rimos de exaustão e voltámos para o hotel, onde caímos mortos e sem jantar.

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To be continued…