Baby

Nico: Babymoon’s baby

January 31, 2024

A história do nascimento do Nico chega, finalmente, dois anos depois.
Não houve um motivo especial para tal ter acontecido, mas acho que o pequeno e gratificante caos em que a minha vida se tornou e o tempo que quis dedicar ao Nico e a outras coisas empurraram esta narrativa até hoje. Bem vistas as coisas, é um dia bonito para vos começar a contar esta história.

Eu sei que muitas de vocês estavam super curiosas, mas também souberam respeitar o meu espaço e o meu tempo. Houve quem me dissesse que já tinha engravidado e tido um bebé e continuava à espera deste relato. Espero não desiludir!

Ao longo deste tempo, houve também muitas partilhas sobre o caminho (nem sempre fácil ou rápido) para ter um bebé e a adaptação aos medos do pós-parto. Ter uma audiência é incrível, mas poder ser eu a ouvir-vos deu ainda mais sentido a tudo isto. Obrigada.

It’s time. Let’s do this.

. . .

O tempo estava a passar e eu tinha insistido para fazermos uma babymoon e aproveitarmos de forma especial os últimos dias a dois. Fomos adiando pensar nisso até que decidi — é agora ou nunca — e, uma ou duas semanas antes, marquei 4 dias em Madrid. Um destino relativamente perto, para onde podíamos ir de carro e, ainda por cima, uma capital com vários hospitais por perto. Portanto, achei que o risco estava controlado e que ia correr tudo bem. Mal sabia eu que a minha vida ia mudar nestes quatro dias.


“Segunda-feira estamos em casa.” — disse-lhe.


Sentia-me bem. Os enjoos eram coisa do passado, as contrações devido à falta de magnésio estavam controladas e eu, cheia de energia, a chegar às 36 semanas de gestação, a fazer exercício 3 vezes por semana durante 1h, a dormir melhor e com muito apetite! Estava certa de que o bebé não chegaria tão cedo.

Havia livros por ler, o plano de parto ainda não estava fechado, as malas da maternidade continuavam por fazer, o bebé não tinha nome, o quartinho estava super atrasado, no entanto, eu já tinha lavado e passado a roupa toda, por isso, TRAN-QUI-LO!

Peguei na mala de maternidade que tinha comprado para o bebé e, sem grande ponderação, meti lá dentro uns conjuntos de bodies e calças interiores, um gorro, umas roupinhas mais quentes e um pacote de fraldas e toalhitas. We never know — convencidíssima de que só levava a mala por descargo de consciência.

A minha mãe Achas que isso é boa ideia?
A minha sogra Tão longe?
A minha amiga É a última vez que te vou ver grávida, então.

Que exagero! Vou só ali e já venho! — pensava eu.

28 janeiro 2022

Malas feitas, saíamos de Tesla para Madrid, com um percurso pensado com paragens para carregar o carro, para idas à casa de banho e para esticar as pernas. A viagem demorou mais uma hora do que seria esperado, porque tivemos de fazer um desvio para carregar num Supercharger (há dois anos, a rede de carregamento eléctrico não era o que é).
Puxei o banco todo atrás e estiquei as pernas, como fazia sempre antes de haver um ovo no banco de trás. Fiz a viagem super confortável. So far, so good.

Chegámos ao Hotel Barceló, na Plaza de España, deixámos as malas e fomos passear um bocadinho até à Puerta del Sol. O Fred tinha uma reunião às 20:00, por isso, tivemos de agilizar e procurar um sítio para jantar relativamente perto. Acabámos no Grama e não gramámos mesmo nada (apesar das reviews no TripAdvisor).

Seguimos para o hotel e ficámos a descansar o resto da noite.

To be continued…