A busca do vestido perfeito é uma das partes mais divertidas quando se prepara um casamento. Mas pode também tornar-se numa experiência desagradável e frustrante. Hoje conto-vos como tem sido e que lojas é que já fui visitar.
Rosa Clará
A primeira de duas visitas foi em Lisboa. Fui com duas das minhas melhores amigas (uma delas, madrinha). Entrámos e começámos por ver num ecrã os modelos com os que me identificava (o que deve ter dado um nó na cabeça da senhora que me atendeu). Eu levava referências de vestidos que gostava de experimentar num caderninho, mas não contei com o avanço de estação. Muitos já tinham sido descontinuados.
Experimentei vários vestidos muito diferentes e cheguei a dois favoritos. Percebi que ia ter um grande problema. Identifico-me com vários estilos, o que dificulta um bocado o processo. A senhora era querida, devo dizer. E foi uma boa primeira experiência.
Umas semanas depois, quando fui à Jesus Peiro no Porto, marquei também na Rosa Clará para mostrar os favoritos à minha mãe e experimentar outros modelos. A senhora era incrivelmente simpática! Tratou-me sempre com muito carinho e esteve na brincadeira connosco durante toda a visita. Queria-me lembrar do nome para vos poder dizer, mas não consigo.
Um coisa que me deixa frustrada é não nos deixarem tirar fotos. É uma “regra da casa” que roça o ridículo, visto que se eu quiser, posso ter imagens do vestido a 360º no site da marca. O mesmo acontece na Pronovias. Eu gostava de ter um registo do que experimentei para poder consultar, pedir opiniões e ponderar e é um turn off incrível não o permitirem.
Pronovias
Para começar, tenho que referir que a Pronovias foi a loja que pior me recebeu. Não sei se é a política da casa, mas desde a falta de simpatia à falta de disponibilidade, toda a experiência ficou muito abaixo das minhas expectativas. Dei por mim a pensar se teria cara de miúda que anda a brincar às noivas ou se devia ter ido menos casual para não tirarem conclusões sobre o meu budget. É muito triste quando uma pessoa chega a um ponto em que se sente a questionar tudo para justificar a conduta dos outros.
A visita em Lisboa foi a menos má. Foi durante a semana, por isso não pude levar a minha mãe. Mas digo-vos já que esta marca não gosta de receber em vários pontos do país. Se a primeira visita foi em Lisboa, mesmo que no Porto tenham outros modelos diferentes, elas não vão gostar que marquem lá. Foi super desconfortável agendar a minha visita na loja do Porto. Senti que estavam sempre a tentar demover-me. Depois, havia um vestido que eu queria muito experimentar, mas é da coleção Couture e pelos vistos anda a circular de loja em loja. Em Lisboa, disseram-me que se não encontrasse mais nada, que podiam pedi-lo para a loja — mas como se só o fizessem em último caso. Que sentido é que isto faz? No Porto, voltei a falar no vestido, mas até disso me tentaram demover. Ao ponto de sairmos da visita muito mal impressionadas. Experimentei dois vestidos e perguntei se me aconselhava experimentar mais algum e a senhora disse que não. Isto não é normal.
Umas semanas depois, ligaram-me num dia a dizer para o ir experimentar ao Porto no dia seguinte, que só lá estaria um dia. Um dia? O vestido só está na loja um dia? Eu estava em Lisboa, não podia ir ao Porto. Enfim. Entretanto, vou tentar ver se o têm em Milão, para o poder tirar da cabeça.
Jesus Peiro
Depois de várias interações no Instagram, conheci finalmente a equipa da Jesus Peiro. Levava alguns modelos apontados, mas nenhum deles me conquistou. Entretanto, experimentei um modelo que me sugeriram na loja, que não me ficava nada mal, mas foi o vestido que estava na montra que me deixou em pulgas. Não sei se será o vestido ideal para a cerimónia, até porque é muito descontraído, mas gostei bastante dos pormenores das alças e das costas. E ainda por cima, experimentei o que parecia ser exactamente o meu tamanho e isso ajudou! Ficava lindo! ♥
Aqui deixaram-me tirar fotos à vontade — o que faz logo uma diferença incrível em toda a experiência.
Rime Arodaky
Sem dúvida, uma das melhores visitas so far. O showroom fica no primeiro andar de um prédio no Carrer de Balmes em Barcelona. Não há publicidade, nem mesmo na campainha. É um apartamento remodelado com detalhes deliciosos. A Cristina é a assistente do atelier e sósia da Gala Gonzalez (fiz questão de lhe dizer e obviamente não fui a primeira). Lá nos fomos entendendo em inglês, com recurso ao espanhol, quando lhe faltava alguma palavra. Estávamos só as duas e estivemos sempre à conversa. Ia-lhe pedindo a opinião e ela este sempre disponível para me tirar fotos. Foi uma querida. Gostei mesmo muito. Pelos vistos, recebem muitas clientes portuguesas. :)
Os vestidos são uma onda completamente diferente do que tenho experimentado. Fogem ao tradicional e ao expectado e saí daqui com um vestido na cabeça que é dos meus favoritos até agora. A mãe e a madrinha não partilharam do meu entusiasmo quando viram as fotos! Ahahaha! Well, sou eu que vou casar, não é? :D
No fim destas visitas, fiz questão de agradecer e elogiar as pessoas que me trataram bem, que me fizeram sentir especial, que me deram a sua opinião sincera. Acho que os bons profissionais devem ser reconhecidos para continuarem a fazer um bom trabalho.
Se tiverem alguma curiosidade sobre as lojas ou todo este processo, não hesitem em deixar um comentário! Terei o maior gosto em dar-vos mais detalhes! :)
